segunda-feira, 21 de junho de 2010

Em discurso de apoio a Siqueira, Moisés Avelino diz que Estado precisa de "ação política honesta"

Da redação - PORTONEWS TO/BR.(L.F.F.)

Em um encontro, promovido pelo prefeito Paulo Tavares (PR), entre lideranças e o pré-candidato do PSDB ao governo do Estado, Siqueira Campos (PSDB), no início da noite desta sexta-feira, 18, em Paraíso do Tocantins, o deputado federal Moisés Avelino (PMDB) fez um discurso relatando os motivos que o levaram a apoiar Siqueira para as eleições deste ano. Segundo ele, o Estado “está necessitando urgente de ação política honesta para proteger a população, principalmente a juventude, do assédio de traficantes de drogas”.
Sobre os motivos de estar com Siqueira, declarou: “Após quase 30 anos de oposição, hoje estamos juntos no mesmo palanque, Siqueira e eu. Mas preciso dizer a esse povo que represento e que respeito, que antes eu tomei a decisão de apoiar Siqueira Campos, depois fui lá e anunciei esta decisão a ele.
Não fui primeiro anunciar apoio para pedir alguma coisa em troca. Siqueira não tem compromisso comigo, com o deputado Moisés Avelino, a não ser o compromisso da missão, do respeito e do desenvolvimento desse Estado”, afirmou.
As histórias políticas brasileiras também serviram de argumentos para justificar sua decisão. “Li uma carta que JK fez a Tancredo Neves, que dizia: ‘estou me conciliando com o maior e mais radical adversário político nosso, que é o governador Carlos Lacerda, por ser um batalhador (foi governador do Rio de Janeiro, militante comunista e fundador do jornal Tribuna da Imprensa, no Estado da Guanabara, em 1949)’. Na carta, JK justifica a Tancredo Neves que a conciliação com o adversário era necessária para o bem do Brasil”, relatou Avelino, que comparou a situação com a sua em relação a Siqueira Campos.
“Desta forma, Siqueira e eu fomos adversários políticos por mais de 30 anos, mas sempre mantivemos o respeito e a ética, sem polêmica pública. Me sinto muito a vontade para tomar esta decisão, mas estou fazendo isso não somente pelo Tocantins, mas pelo povo do Brasil, pelo nosso país e pela nossa sociedade”, disse.
Moisés Avelino disse que sua preocupação não é só com corrupção, com a falta de assistência na saúde, com a educação, mas com a juventude. Segundo o deputado, o Tocantins atravessa um período de risco para esta parcela da população. “Precisamos expulsar o mal do Estado, esse tal de crack, que está infernizando a nossa sociedade.
Precisamos fazer isso urgentemente, até para dar exemplo para este país. Por isso estou com Siqueira Campos, porque na política, governo que se preze usa a sua força, pra fazer com que essa juventude se ocupe com a arte, educação, esporte, para gastar sua energia, e sair da rota dos traficantes”, declarou.
A reunião em Paraíso atraiu lideranças. Estavam presentes o senador João Ribeiro (PR), o deputado federal e pré-candidato a senador, Vicentinho Alves (PR), os deputados estaduais Luana Ribeiro (PR) e Osires Damaso (DEM), e além de Moises Avelino, o deputado federal Eduardo Gomes (PSDB). A senadora Kátia Abreu (DEM) foi representada pelo filho, Iratã Abreu.
Os prefeitos de Lagoa da Confusão, Jaime Café (PR); de Tocantínia, Manoel Silvino (PR); de Abeulândia, Gilmar de Andrade (DEM); de Divinópolis, Edimar Alves de Sá (Bozó) (PTB); de Miracema do Tocantins, Júnior Evangelista (PSDB); de Monte Santo, Cleodson Aparecido (PR); e de Chapada de Areia, João Milhomem (Joãozinho) (PR).
Para encerrar o discurso, Moisés Avelino afirmou às lideranças presentes que o grupo político que apóia hoje é unido e forte. “Aqui não tem cor partidária. Aqui não tem PMDB, nem PSDB, aqui tem sim forças unidas para resolver os problemas desse Estado. E essa responsabilidade também é minha e não posso fugir dela. Ao anunciar apoio a Siqueira Campos não fui pedir nada para mim, fui só dizer que quero salvar esse Tocantins, levá-lo por um caminho melhor sendo conduzido por homens e mulheres compromissados com os benefícios para a sociedade. Durmo e acordo tranqüilo”, concluiu.
Ele adiantou que, em função da questão da fidelidade partidária, não subirá ao palanque de Siqueira na campanha eleitoral, mas que também não subirá ao palanque do candidato do seu partido – Carlos Henrique Gaguim (PMDB) - porque não apóia nem pede votos pra ele.
Do CT / Com informações da assessoria de imprensa

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